MARIA SANTíSSIMA (2913)' | ![]() |
Cursos: Ao Vivo - Aula 5: Devoção à Maria Santíssima II - por Padre Paulo Ricardo(áudio) Tratado da Devoção à Maria Santíssima IIGravação de aula ao vivo sobre o tratado da verdadeira devoção à Santíssima virgem Maria, parte 2. A aula ao vivo é uma oportunidade para se ter um contato maior com as pessoas que acessam o site e poder falar com o professor. A partir de novembro as aulas ao vivo serão apenas para os inscritos. Em outubro estamos estudando o Tratado da Verdadeira Devoção à Maria Santíssima. Hoje tentaremos passar o segundo e o terceiro capítulo desse tratado de São Luis Grignon de Montfort. Segundo Capítulo: Verdades Fundamentais da Devoção à Virgem Maria. 1 - Jesus Cristo é o fim último da devoção. Ser devoto de NSRa é um meio de nos entregar plenamente a Nosso Senhor Jesus Cristo. E não podemos fazer isso diretamente? Sim, mas quem insiste em não passar pelo caminho da Virgem Maria termina, de alguma forma, perdendo seu amor por Jesus. Vejamos exemplos concretos. NSJC é o mediador entre Deus e o homem, é claro. Quem vai direto a Jesus e não quer passar pela Virgem, nota-se, começa a falar e tratar de NSJC com certa irreverência, reduzindo-o ao nosso nível. Se isso era verdade na época de S. Luís, quanto mais hoje. S. Terezinha dizia 'eu não posso ter medo de um Deus que se fez criança'. E porque ela não o trata com irreverência? Porque ela tem acesso a Jesus na manjedoura através da Santíssima Virgem Maria. É o grande mistério em que Deus se faz submisso a NSra e se faz frágil como uma criança, imagem clara que se vê na Virgem segurando o menino Jesus no colo. Agora, separemos os dois, penesmos em Jesus sem a Virgem Maria. Ou você se dá conta da grandeza de Jesus como S. Pedro na barca de pescar, ou você perdeu a noção de realmente como NSJC é, e vai tratá-lo como um sujeito qualquer, Pilatos e Herodes trataram Jesus. Ou nós temos noção de que Ele não é simplesmemte homem, ou começamos a por em dúvida a divindade de Jesus. Esta é a dificuldade dos tempos modernos em que Jesus é tratado como uma pessoa qualquer. A Virgem Maria é um dom que Deus nos dá para que nós, tão pequenos diante de Deus, possamos ternamente, carinhosamente, ser conduzidos por ela e nosso coração ser modeloado para que possamos nos aproximar de Jesus. Temos necessidade de um mediador (criatura) junto ao Mediador que é Jesus (Deus). Esta é a realidade que nós pretendemos alcançar com a devoção à Virgem Maria, queremos chegar a Jesus, mas temos que lembrar que Deus age através da Virgem Maria. Ainda o cap. 2. É necessário que pertençamos a Jesus na qualidade de "escravos". Aqui é preciso entender a diferença entre servo e escravo, conforme o contexto em que S. Luís escreveu o tratado. Na época de NSJC só havia o escravo, que era uma coisa, uma propriedade. Na Bíblia, servo e escravo era o mesmo. Hoje, há uma distinção entre servidor e escravo, mas o servo das escrituras não era um servidor, era um escravo. Já na época de S. Luís havia o servo da gleba que não era coisa, mas um servidor que tinha contrato com o senhor feudal para serviços a serem prestados. A proposição do tratado é que sejamos escravos por amor ao Senhor-Deus. E quando aplicamos a palavra 'senhora' à Virgem Maria, é o mesmo? Não, ela é senhora por graça. Deus deu a ela um senhorio que não tinha por natureza, pois por natureza ela é um nada, uma criatura. Ela assim ganhou a missão de participar da fecundidade de Deus-Pai, gerando o Filho. No cap.3 vamos aos tipos de devotos. Vejamos 3 tipos básicos dentre os 7 citados por S. Luís. 1- o crítico O sujeito que não tem fé. Ele ouve falar de aparições da Virgem, ele ouve falar de milagres... nada, é tudo bobagem. Esse 'devoto' cético, qual é a solução? Começar a ser humilde e ter fé. Em nossa sociedade ser crítico é moda, muito comum especialmente nos meios universitários. A maior dificuldade que temos hoje não são os protestantes, mas os falsos católicos que estão dentro da Igreja e insistem em se dizer católicos e cristãos. Pessoas que adotaram a dúvida e o ceticismo como estilo de vida. A dúvida como estilo de vida é autodestruidora. É impossível agradar a Deus sem fé. É a nosa fé confiante em Deus que nos leva à humildade de admitir que Deus usa suas criaturas para fazer milagres. Deus não podia tirar diretamente Pedro da prisão? Claro que sim, mas ele usou um anjo para realizar isso. O mesmo ocorre com a Virgem Maria. Aqui, é preciso ter fé. 2- o devoto escrupuloso Os países que aderiram à reforma protestante e jogaram a devoção por Maria pela janela para adorar só Jesus, no século 19, deixaram de servir a Jesus e ficaram voltados para o ceticismo, o materialismo etc. E onde havia devoção a Maria, a adoração devida a Jesus continuou e perseverou. Adorar a Jesus diretamente e esquecer Maria acaba levando à apostasia. Toda a luminosidade de Maria vem de Jesus, como a lua reflete o sol. Deus escolheu fazer as coisas através dela e nós temos o pecado original que nos faz ter uma enorme dificuldade de encontrar Deus, nos faz ter medo de Deus como Adão teve medo de Deus logo depois do pecado. 3- os demais... são aqueles que não querem realmente se converter. Muitos dizem querer fazer a consagração... mas isto não é um ato mágico, ela exige uma MUDANÇA no estilo de vida. Quem quer se santo, faça a consagração, que é um método progressivo. Mas é preciso querer mudar de vida. A consagração não é um caminho mágico, um caminho das pedras para ingressar no céu, pois não existe meio de entrar no céu sem fazer força! Finalizamos para deixar claro: O objeto, o fim último da consagração à Virgem Maria é JESUS. [ INTERVALO PARA PERGUNTAS ] 1- Casais em segunda união podem fazer a consagração? Ela é um caminho de santificação que requer a prática sacramental. Tais casais vivem um período de vida ainda não tem condições de receber os sacramentos o que torna difícil da pessoa viver plenamente a consagração à NSra. Estas pessoas devem se unir à cruz de Cristo e dar os passos concretos para tentar regularizar sua situação (ter o casamento considerado nulo ou viver na castidade). A consagração à NSra é um estágio posterior a quem ainda está vivendo essa luta. A Igreja se solidariza com esses casais, pois é fato que muitos se casaram numa época em que não davam importância para a fé, se separaram, casaram de novo e agora se converteram e começaram a dar valor à religião. Mas, com honestidade, a Igreja deve dizer que essas pessoas não podem se aproximar da sagrada comunhão nem podem receber a absolvição. Nessa situação, a consagração não seria algo completo. 2- Como viver a devoção? Isso será tratado na próxima aula, assunto do capítulo 4. 3- NSra é co-redentora? Vamos entender o que é co-redenção. Não podemos acrescentar nada ao sacrifício perfeito de NSJC. Mas S. Paulo disse: 'completo em minha carne o que falta ao sacrifício de NSJC'. Existe algo que podemos oferecer: o sacrifício da fé. NSJC é o princípio da nossa fé, mas como Ele é uma pessoa divina, a fé de Jesus não é a mesma que a nossa. A fé aplicada a Jesus não tem o mesmo significado que a fé aplicada a nós. Aos pés da cruz, a Virgem Maria ofereceu algo de forma perfeita: ofereceu o sacrifício da fé. Ela nunca vacilou na fé e ofereceu a Deus-Pai o seu Filho, Jesus. Assim de alguma forma ela estava associada ao Pai que ofereceu seu Filho em sacrifício. DEla ofereceu isso de uma forma plenamente humana atrav;es de uma f';e perfeita. Existe assim uma colaboração na redenção do gênero humano oferecendo um sacrifício que completa o que faltava ao sacrifício de NSJC na cruz. Nós precisamos tomar posse desse sacrifício e precisamos completar em nossa carne o que falta, fazê-lo aceito plenamente, como disse S. Paulo. Além disso, ela aos pés da cruz recebeu de Cristo a missão de ser mãe de toda a humanidade. Assim, seu sacrifício de fé destina-se a toda a humanidade. 4- A consagração pelo método por S. Luís é a mesma consagração que NSRa pediu em Fátima pelos bispos? Não e sim. Toda consagração exige uma ação interior. Quando fazemos a consagração, estamos colocando em ato concreto e real aquilo que NSRa prometeu: o triunfo do seu imaculado coração. Como isso vai acontecer? Se os corações humanos se dobrarem diante do amor perfeito que ela tem por Jesus e por Deus. Este é o triunfo completo. Quando fazemos a consagração pelo método de S. Luís estamos colocando nas mãos de NSra o arsenal, as armas, para que ela realize aquilo que está prometido: o reino de Cristo, o triunfo do seu coração imaculado, um triunfo escatológico, quando o fim do mundo acontecer, seja quando for. A questão da consagração da Rússia e do terceiro segredo de Fátima exige um tratamento mais sistemático. Não é um assunto simples que possa se elucidar com poucas palavras em 30 segundos. Não é a mesma coisa porque o que NSRa pediu a irmã Lúcia foi X e o que S. Luís sugere são coisas diferentes. Sim no sentido de que aos nos consagrarmos estamos fazendo o que NSra pediu: aumentar a devoção ao seu imaculado coração que no fim triunfará. Ou seja, caminhos diferentes para chegar ao mesmo lugar. Fonte: site Christo Nihil Praeponere Católicos Online - Bíblia Católica - Catecismo |
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