Cultura sadomasoquista
Sergio
Sebold
Economista
e pesquisador independente
[email protected]
O sadomasoquismo
é uma forma doentia de amar, se comprazer com sofrimento sem ser mutilado em princípio.
Certos autores dizem que são pessoas incapazes de amar no sentido puro do
termo. Sem entrar no mérito científico da psiquiatria, o sadomasoquismo está
relacionado intimamente com as relações sexuais.
A juventude
de hoje é fortemente influenciada por esta prática embora com outros matizes de
expressão. Estamos falando de tatuagem e piercing uma forma sutil de
manifestar o sadomasoquismo, sentir o prazer do sofrimento auto imposto. Isto é
uma anomalia psíquica. O corpo segundo nossa crença cristã é o templo de
Espirito Santo.
A nossa
existência real, o nosso ser como nós o sentimos, é a presença de Deus. Se
tenho vida, penso, ajo, me movimento, tenho sentimentos, dores, emoções... tudo
isto são manifestações que eu existo. Se existo agora, e, antes nada havia, ou
seja, era o nada ontológico, algo misterioso nos fez existir. Pelo nosso poder
de pensar, especular, lembrar o passado, tirar conclusões, pensar no futuro,
traz para nós o significado da existência. A famosa frase dita por René
Descartes “Cogito ergo sum”, ou seja, “Penso, logo existo”, nos obriga
acreditar que viemos do nada.
Mas o que é o
nada? Perguntariam os filósofos. É o contraponto metafisico do existir. Para
isso nos leva pensar a possibilidade de que há um ser superior Onisciente (tem
todo conhecimento), Onipresente (presente em todos os lugares) e Onipotente
(poder ilimitado), em nossa mente espiritual que denominamos Deus. Alguns
teólogos fora da tradição definem também com Onibenevolente (perfeitamente bom)
e amoroso.
Sendo o corpo
humano templo do Espirito Santo, ele o foi ”construído” com uma formalidade
superior. Logo por dever moral e de fé, deve ser preservado até as últimas
consequências. Por que ninguém deseja morrer? Esta é uma força interior que
todos nós como seres vivos carregamos. Logo a vida é um “sopro”, que vem de um Ser
superior divino. Assim, qualquer mutilação deste corpo, pela ótica espiritual,
seria um pecado.
Todos os
seres vivos têm uma única missão, “nascer, procriar e morrer”. Ou seja, é uma
cadeia perpétua da vida. Embora, façamos parte deste principio, o ser humano é
o único que recebeu a graça desta revelação pela sua inteligência livre,
através de pessoas “iluminadas” do passado. Os demais seres (até plantas e
outros que se movem) seguem um ritual (ou programa) fechado para esta missão. O
ser humano é o único que tem alma e liberdade, os demais seres não as têm. O
corpo é a obra maravilhosa de um Ser superior.
O piercing, assim como a
tatuagem, é uma mutilação, com o objetivo de chamar a atenção nesse mundo narcísico.
Eles são sensuais. Atrás do piercing e da tatuagem está a cultura do
erotismo. Tanto um como outro segue a mesma regra do espírito sadomasoquista;
geralmente tem a temática pagã e satanista. É comum tatuagens de caveiras,
morcegos, cobras, deuses pagãos, satanás; incitam para a violência e a morte, efeitos
do sadomasoquismo. Está por detrás toda uma obra de perversão moral.
Como cultura
de um povo, ou modismo, nada contra. O que se discute são os objetivos destas
atitudes. Por exemplo, as mulheres por tradição sempre perfuraram as orelhas
para colocar um brinco, talvez para diferenciá-las do homem que em outras eras
da história também eram cabeludas. Este costume até hoje permanece, ao menos
até inventar a tesoura. Entretanto o piercing de hoje buscou outras
formas e outros lugares do corpo para introduzir um amuleto de metal. Os povos
antigos, e mesmo de hoje, na África e mesmo na Polinésia e os índios da América
já os usavam milenarmente
Existe hoje
por detrás da cultura ocidental todo um espírito para a degradação moral. As
mulheres jovens principalmente, (nos homens também) fazem piercing ou
tatuagem nos seios, no umbigo, na língua, no nariz, perto ou na própria genitália,
a fim de chamar a atenção para a sexualidade não mais sadia, porque para isso
não é necessário. A sabedoria Divina já dotou todos os seres vivos de forças
hormonais para a aproximação dos sexos na busca de sua perpetuação.
A maldade não
está no ato em si, mas na atitude psíquica que está por detrás. É uma atitude
de revolta contra o status quo, ou o establishment onde se quebra
ou se rompe com os parâmetros tradicionais. Por modismo, ou uma nova manifestação
de ser, o que se busca não é um novo jeito de amar, mas sim o sadomasoquismo
destruidor, caindo no erotismo vulgar.
A nossa
percepção de ambas as manifestações, tatuagem e piercing, além da
verdade teológica, mancha a beleza plástica natural do corpo humano.
(6/05/18)