Solidão infantil
Sergio
Sebold
Economista
e professor independente
sebol[email protected]
O que se pode
esperar quando a mídia televisiva (Globo principalmente) apresenta filmes e pornonovelas
entremeadas com cenas explícitas de desrespeito de filhos com os pais, dando a
eles o pleno direito de discordar sem qualquer cerimônia e pudor? A dignidade
humana tão cultivada por séculos pela moral judaido/cristã foi parar na lata de
lixo da história. Em novelas e histórias fictícias, sem qualquer nexo ou
conteúdo moral/cultural, prevalecem cenas contínuas de brigas domésticas; tudo
em clima de gritarias de atrizinhas em atitudes histéricas, de representação
artística extremamente pobre, onde prevalece script cheio de contradição moral e
de costumes. É uma baixaria sem fim. Não é necessário dizer qual são os canais,
o grande público já sabe qual é.
Criam-se estereótipos
que fogem totalmente ao convencional, na busca continua de valores pretensamente
“novos”, para atender interesses comerciais; é uma exploração permanente do
lado frágil (em termos) do sexo. Tudo virou “sexomania”. Por tradição, alguns
canais levam maior fatia de audiência; mas felizmente já estão aparecendo
desgaste do público, onde canais mais culturais e religiosos estão começando a
ocupar o espaço. O público está cansado de tanto lixo de entretenimento.
Filmes de desenhos
“infantis” sem pé nem cabeça, sem conteúdo positivo, sempre despertando o
espírito de combate e violência, fora de qualquer ordem ou significativo moral;
cenas de efeitos rápidos que exigem do cérebro uma elaboração neural
extremamente rápida. Filmes surreal, desvinculado com a realidade normal do dia
a dia. Cenas desenvolvidas por imaginação de seus criadores sem qualquer significado,
até racional para um ser humano normal; acabam gerando nas crianças ao longo
dos anos saturação mental a não mais querer seguir qualquer regra, por mais que
os pais procurem orienta-los.
Limite não só
deve ser dado aos filhos, mas também às emissoras de televisão. Esta conversa
fiada de que a imprensa e a criatividade cultural devem ser livres, é pura
balela quando se trata de respeitar os valores da sociedade e suas tradições. Sem
esta de “politicamente correto”.
Surge agora
no cenário psiquiátrico, uma nova síndrome chamada de TOD, (Transtorno Opositor-Desafiante), onde crianças em torno de 6 a 12 anos entram
num processo de rebeldia (antecipada à adolescência), em permanente conflito,
desafiando os pais; recusam-se a cumprir regras ou comando de adultos sem
qualquer explicação. Discutem e se rebelam, sem qualquer motivo aparente e não
assumem seus erros ou responsabilidades. Quando os pais chamam a atenção da
desordem por exemplo, de suas atividades escolares, seus quartos, roupas
jogadas no chão, etc. simplesmente ignoram deliberadamente. Aborrecem com muita
facilidade; ficam com rancor, ressentimentos, e procuram culpar os outros pelos
seus erros e desmandos. Embora este estado emocional dure pouco, assumem um
comportament6o apático e negativo diante dos desafios da vida. No ambiente
escolar, está sendo um tormento para os professores lidar com este tipo de
situação.
É de se
reconhecer que um bom número de pais, mais antenados com os cânones da boa
pedagogia já está impondo limites, gerando um espaço para maior diálogo do que
correções mais enérgicas, embora em alguns casos é necessário quando os pais
são desafiados na sua autoridade. Então onde está o problema? Nem sempre é
valido o argumento que os pais não souberam educa-los.
Há muitas
possibilidades de insucesso. Arriscamos pela nossa experiência elencar algumas:
Famílias de um único filho que convive somente com adultos, quando muito com
algum primo, e ainda de vez enquanto, gerando a “solidão infantil” que os pais
muitas vezes, procuram preencher com desenhos na TV como falada acima, que
destrói toda a estrutura mental de uma criança.
Outra
situação, quando os pais com amor, empanturram com brinquedinhos e outras
quinquilhamas criadas pela indústria do lazer infantil, sem qualquer conteúdo
pedagógico, que em muitos casos mais incentivam a violência, ao espírito de
competição do que a solidariedade. Os pais (e indústria) não deixam gerar expectativa
e criatividade dos filhos, provendo diariamente com novos e novos brinquedinhos.
Ou seja, sem que o deseje, ou por uma nova experiência prazerosa.
A presença de
irmãos na família (*) leva a ter um novo convívio salutar, onde as brincadeiras
dão um sabor a vida. Um apreende com outro. Gera a solidariedade natural. Os
pais passam ser agora seus provedores e protetores, que nesta face da vida é
crucial. O apego de irmãos faz com que esqueçam a TV, (agora a internet e
outras parafernálias tecnológicas), que nem sempre são usados no momento certo e
na maneira correta. Os pais devem estar vigilantes.
Não há mais
(ou poucos difundidos) desenhos inocentes, de um Tom e Jerry, Mickey Mouse,
Pica Pau (?), Popeye, Zé Comeia, Pato Donald, Zé carioca, Cebolinha e sua turma
(da cultura brasileira) e muitos outros anteriores à década de 80 do século
passado. Mesmo estes, estão sendo atualizados com técnicas cenográficas de
computação gráfica, com temas, como dito, permeados de violência, muitas vezes
com regras de desrespeitos aos adultos.
Outra
hipótese é a saturação de imagens no cérebro dessas crianças. Tema pouco
explorado pela ciência, que poderá levar potencialmente, nossa suposição, a
depressões profundas no futuro e ao suicídio em massa.
Outra
situação é o tremendo conflito mental e cultural, que se está criando na mente
das crianças, pelas aulas de educação sexual; verdadeiro doutrinamento sobre
piores perversões sexuais nas escolas através da “ideologia de gênero”. Muitos
desenhos infantis atuais estão carregados de sutilezas com esta finalidade.
Sem
considerar vídeos de curta metragem de conteúdo político/ideológico
apresentados em sala de aula, para doutrinação, a exemplo dos países
comunistas, Cuba, Rússia, Coreia do Norte, China, Bolívia, Venezuela. Mesmo nos
países muçulmanos também se observa este fenômeno de lavagem cerebral.
Infelizmente, independente dos conteúdos curriculares no Brasil, muitos professores
(as) que se intitulam “progressistas” fazem o mesmo papel destruidor da família.
Neste último caso
incitam-se os pais a irem até as escolas para destruírem todos os livros “didáticos”
que corrompem a mente das crianças com conteúdo imoral contrário aos valores da
sociedade e da família. Isso também é “politicamente correto”.
(*)
Temas correlatos:
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=3828
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=3392
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Provérbios
29,15 - A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma,
envergonha a sua mãe.
Provérbios
23,13,14 – Não poupes ao menino a correção; se tu o castigares com a vara, ele
não morrera; castigando-o com vara, salvarás da morada dos mortos
Mateus 18.6 –
Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequeninos que creem em mim,
melhor fora que lhe atassem no pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo
do mar.