Aborto e Interesse
Econômico
É mais que desnecessário dizer que o aborto é um atentado à vida, por mais que se
procure justificar sua prática. As argumentações por mais que possam a primeira
vista serem válidas, jamais tirarão o caráter criminoso que está por trás. Pela
moral que praticamos será impossível tirar este caráter. Da grande maioria dos
argumentos a favor está por trás todo um espírito individualista e um
egocentrismo monstruoso no pano de fundo da ética utilitarista.
Infelizmente, há uma epidemia ideológica
(fetofobia), em todos os países na busca de justificativas para descriminalizar
esta prática, com os mais subjetivos argumentos. E o pior, o que mais nos deixa
perplexos, são justamente os países da orla católico/cristã justamente os que
mais procuram por este caminho justificar uma visão de liberdade sexista. No
fundo o que se busca é o pansexualismo, os chamados direitos sexuais, o sexo
fácil, ideologias do gênero, promovidos por órgãos da ONU, formando uma
mentalidade distorcida, oferecendo condições de se viver uma vida sem regras
éticas.
A prática sexual é um meio para se
perpetuar a espécie, mas jamais um fim em si mesmo. Todos os seres vivos o
praticam, mas com a responsabilidade de se auto perpetuar. O ser humano (o
único) encontrou, nesta prática, muito mais por um prazer lúdico do que a
responsabilidade natural. O prazer é um processo hormonal estimulante apenas,
caso contrário não estaria aqui escrevendo.
Na natureza, aqui tomando um bizarro
exemplo do gato, a fêmea somente aceitará o macho quando estiver no cio, e ele
aguardará pacientemente por este momento. E este ciclo só ocorre em períodos
longos. No ser humano a ovulação ocorre a cada 28 dias (em média), ou um ciclo
lunar. Por sua vez lhe é permitido ainda praticar o sexo mesmo no processo de
gestação da sua fêmea (mulher). Neste particular a “fêmea” humana é tolerante.
Por sua vez esta oportunidade de uma
ovulação a cada ciclo lunar, possibilitou ao ser humano uma super proliferação
da espécie proporcionalmente ao seu tempo de vida. Sendo o único ser dotado de
inteligência, lhe causou outro problema: a reprodução está levando ao
desequilíbrio de todo o planeta Gaia.
Diante deste quadro, deverá se buscar a
redução da natalidade. Como fazer isto, sem reduzir a freqüência sexual que o
ser humano está acostumado? Começam a surgir soluções das mais sublimes:
abstenção nos períodos férteis; a mais radical destruição de seu semelhante, a
guerra; ou ainda destruir sua própria geração: o aborto. Tanto no Brasil como
na grande maioria dos países que admitem esta prática, o fazem através de um
eufemismo: “aborto seguro”. Assim, existe uma grande oportunidade capitalista,
através das clínicas e produtos correlatos.
A abstenção sexual, por mais forte que seja
seu impulso, não causa o mínimo efeito “colateral”. Até hoje ninguém provou que
certas doenças, (câncer, Parkinson, Alzheimer, atrofias etc.) foram causadas
pela abstenção sexual tanto para o homem como para a mulher.
Para aquelas mulheres que dizem “eu tenho
domínio sobre o meu corpo”... é bom dizer que em qualquer aborto provocado, o
risco de morte é muito maior do que no parto, comprovado pela própria medicina.
O grande dom da mulher que já traz em seu DNA é a maternidade. Todas as
mulheres desde que nascem nesta condição, aguardam com ansiedade esta
oportunidade de serem mães. E isto garante a manutenção da espécie. O mesmo
fenômeno ocorre com todas as fêmeas dos seres vivos.
Infelizmente, há no Brasil um movimento
invisível, sutil, de legisladores (as) que procuram insistentemente regulamentar
com a insidiosa tese de que se o estado não proteger as pessoas que queiram
fazer o aborto, ele ocorrerá de qualquer forma na sociedade. Sempre o mesmo
critério, atacar o problema pelo efeito e não pela causa. Por que não educar as
meninas desde seus primeiros passos nas escolas pela prática do não aborto,
pelos riscos a ela inerentes? Pouco se fala no efeito psicológico traumático por
que passa uma mulher depois deste ato. As clínicas psicológicas e psiquiátricas
estão abarrotadas por elas.
Para os cristãos, o corpo humano é o templo
do Espírito Santo e como tal deve ser respeitado conforme ensina a doutrina.
Nós seres humanos somos um projeto Divino. Pense.
Sergio Sebold – Economista e Professor