Os
Dom Quixotes da Reforma Protestante
Pai, perdoai-nos,
pois não sabemos o que fazemos!
Este artigo contém
excertos de um debate sobre os princípios protestantes "só a bíblia"
e "só a fé" que conduzem à deturpação da correta mensagem das
escrituras, à fragmentação do cristianismo, à confusão e, a pior consequência
de todas, à apostasia, pois como ter fé se cada seita e igreja tem a sua versão
e interpretação particular das escrituras?
Em itálico avermelhado
estão as acusações protestantes.
As acusações que
habitualmente fazem os protestantes contra a Igreja são as mesmas de sempre já
respondidas e refutadas em inúmeros artigos, livros e estudos sérios. Há
dezenas e dezenas de artigos só neste site sobre esses assuntos. Seria tão bom
se todos os lessem com um coração sincero em busca da verdade, antes de atirar
pedras!
Bom, sonhar não é
proibido... pois é muito triste ver como pessoas que dizem crer em Nosso Senhor
Jesus Cristo e têm boas intenções se desentendem, brigam e dividem o Corpo de
Cristo estupidamente.
Como
inteligentemente dizia Pascal, deve-se conhecer bem a fé que se pretende
refutar, antes de refutá-la!
Isto é fundamental.
E por que digo isto?
Porque se nota
claramente nos argumentos protestantes um erro grosseiro: eles NÃO conhecem a
doutrina da Igreja Católica corretamente.
Levantam objeções
estapafúrdias que NÃO fazem parte do que a Igreja ensina há mais de 2000 anos.
E assim, combatem uma suposta igreja católica fantasiosa, uma caricatura que
NÃO é a Igreja Católica. Como Dom Quixotes, combatem moinhos de vento achando
que são monstros.
É incoerente? É.
E por que a ficha
não cai?
Orgulho.
E qual minha
intenção escrevendo este artigo? Não sei. Mas sei que cansado de ouvir ou ler
sempre as mesmas acusações, reuni num resumo concentrado as principais
incoerências dessas acusações, a fim de expor os absurdos e ajudar quem estiver
buscando a verdade com sinceridade de coração.
IGREJA
e BÍBLIA
"Por isto sou cristão
(porque minha religião é Cristo) e evangélico (porque é a igreja mais fiel a
Bíblia)."
Igreja evangélica?
O que é isso?
Na verdade, o que
faz o protestantismo, a razão de sua existência?
Protesta.
E protesta contra o
quê?
Contra a Igreja.
Ou seja, o que o
irmão chama de igreja não é uma igreja, é uma anti-igreja.
E isso é uma
incoerência entre a fé professada da boca pra fora e as obras realizadas contra
a Igreja, pois quem ama a Cristo deveria amar a Igreja, seu corpo místico!
"Fiel à Bíblia"?
Não, o irmão não é. Se fosse 100% fiel, seria católico e defenderia a unidade
do Corpo de Cristo.
Se o Sr. fosse
fiel, não acusaria a Igreja, pois a própria Bíblia afirma que o acusador é o
diabo.
Se o irmão fosse
100% fiel:
Não exortou S.
Paulo que houvesse 'uma só fé, um só batismo, um só Senhor' ?
Não afirma a Bíblia
que 'a Igreja é a coluna da verdade'?
Não afirma a Bíblia
que é a tradição que deve interpretar e ensinar as escrituras para que não
sejam deturpadas?
Não afirma a Bíblia
que Maria seria proclamada ‘bem-aventurada’ por todas as gerações?
Não ensinou e
exortou Nosso Senhor a orar o Pai-Nosso, oração nunca presente nos ‘cultos’
protestantes?
Não prometeu Cristo
que as ‘portas do inferno não prevalecerão contra sua igreja’?
Não deu Cristo aos
apóstolos o poder de perdoar ou reter os pecados?
Então por que os
protestantes fazem tudo diferente do que a Bíblia, que dizem crer, ensina?
O irmão é fiel ao
que entende da bíblia, a um "jesus" inventado, que é a SUA opinião ou
apenas representa uma parcela da babel de opiniões (todas anti-católicas) dos
reformadores protestantes e desencontradas, pois eles mesmos TODOS se
desentenderam nos últimos cinco séculos, sendo por isso que existem tantas
igrejas históricas protestantes, cada uma com sua própria doutrina e seu
próprio 'jesus' fabricado conforme os caprichos dos homens falíveis e soberbos
que as fundaram.
A única
"unidade" da babel protestante é serem anticatólicos. Não importa a
doutrina, desde que seja anticatólica ou ensine alguma coisa diferente do que
ensina a Igreja. Aí são todos "irmãos" que se abraçam e dão tapinhas
nas costas ...
CULTO
"vamos tomar como base o culto de uma
igreja batista tradicional"
Já começa mal, pois
entre centenas de seitas e pseudo-igrejas, escolher UM culto na babel
protestante existente só salienta o erro protestante, pois a fé deveria ser
UMA, o batismo UM e o senhor UM, como exorta São Paulo, o que o protestantismo
não permite.
Se os protestantes
fossem fiéis às escrituras como alegam, já parariam por aqui e deixariam de
combater a Igreja de Cristo, pois o erro é evidente.
MISSA
e CULTOS
"A missa limita Deus de transmitir uma
mensagem específica para aquelas pessoas que vieram assistir."
A Missa transmite a
mensagem que DEUS quer e não a que o HOMEM quer.
Essa é uma das
principais diferenças entre catolicismo e protestantismo.
E por que erro tão
grosseiro?
Porque o
protestantismo joga no lixo a fé dos apóstolos, a patrística, os concílios e
toda a história do cristianismo dos primeiros séculos para levantar ao topo da
glória um alcoólatra que defendia até a poligamia, chamado Lutero. Fantástico!
"A missa é ritualística e possui um
formato engessado! Quando eu era católico, as duas partes que eu mais gostava
da missa eram: a) logo após a comunhão, pelo momento solene meditativo e b) o
sermão, porque era o único momento da missa que o padre poderia falar alguma
coisa espontânea. Mesmo assim, a pregação do padre era amarrada!"
Sim, graças a Deus
ela é "amarrada" ao que deve ser, à fé que os apóstolos nos ensinaram.
Isso significa FIDELIDADE ao que Deus quer, à Verdade que só pode ser UMA, e
não à babel que o protestantismo criou.
Na homilia o
sacerdote tem liberdade conforme a inspiração e, nas orações comunitárias, os
fiéis podem participar. Porém, o que você chama de liberdade de pregação na
verdade significa deixar o pregador inventar sua própria doutrina,
interpretando a palavra do jeito que quiser e, assim, "deturpando as
escrituras para sua própria condenação", como adverte S. Pedro.
Na Missa católica
temos a sequencia de um culto a Deus perfeito: perdão dos pecados, credo,
louvor, palavra, orações, pai-nosso, confraternização e EUCARISTIA.
Eucaristia que é o
ápice da vida na Igreja, pois é DEUS que se faz presente entre nós. E note...
NSJC MANDOU fazer isso.
Se Deus não pode
salvar, quem mais pode?
No culto
protestante tem canto-gritaria, que chamam de louvor, e tem a
"palavra", em que o pastor interpreta as escrituras e diz o que quer.
Assim, até aborto o tal falso bispo Macedo inventou de defender usando "as
escrituras" !!
E depois vem o
protestante dizer que todos os "crentes" recebem a assistência do
Espírito Santo (menos os católicos, que estão sempre errados...)?? Por favor...
isso insulta a inteligência até de uma barata.
Graças a Deus os
sacerdotes católicos não podem fazer isso e estão "amarrados" ao
magistério da Igreja APOSTÓLICA que ensina a MESMA coisa há 2000 anos.
Isto, meu caro, é
UNIDADE e FIDELIDADE à fé ensinada pelos apóstolos, não é engessamento.
Ah sim, e a ceia,
QUANDO fazem, é uma mera imitação falsa e muito mocoronga da Eucaristia que é
tudo, menos Jesus presente no pão.
O que disse S.
Paulo? Quem come o tal pãozinho sem distinguir nele o Senhor estará CONDENADO!
Viu? Escrituras meu
caro, como o Sr. gosta. Se um pãozinho pode condenar, é porque não é apenas um
pãozinho. Acorda irmão!
Nota: no AT só
sacerdotes podiam realizar sacrifícios no altar do templo. Na Missa, o
sacerdote ordenado por um sucessor dos apóstolos repete o sacrifício agora do
cordeiro perfeito imolado, Nosso Senhor Jesus Cristo, no altar do templo. O
pastor o que faz? Ele não é sacerdote legítimo, não há altar e o templo é um antigo
teatro ...
Ah.... não digam os
que passaram para uma seita ou "igreja" protestante que "eu era
católico", pois se fossem, conheceriam a doutrina da Igreja e duvido
tivessem saído. Pobre Judas que nunca entendeu realmente o que Jesus ensinava.
PASTORES
"Os pastores devem ser pessoas de oração,
dedicados à obra, e devem acompanhar suas ovelhas, que são em primeira e última
análise ovelhas de Jesus."
Conheço pastores
que são pessoas boas, de muito boa intenção. Mas, intenção é suficiente?
Muitas vezes esses
pastores acabam precisando do dízimo para sustentar a própria família. Isso não
pode dar certo. Não há entrega total a Deus se não deixarmos para trás pais,
família e tudo para seguir Jesus. E quem afirma isto é o próprio Cristo. Quem
alega conhecer as escrituras deveria saber disso.
Outras vezes, o
pastor começa com boas intenções mas, com o tempo e o enriquecimento da
‘igreja’, começa a misturar os negócios da ‘igreja’ com seus negócios pessoais.
Daqui a pouco, ele o pastor, sua família e principais colaboradores são a
‘igreja’ e a finalidade do culto. Deus? Já era... a ‘igreja’ virou um excelente
negócio... tudo “em nome de um suposto jesus”, é claro.
Também sabe-se de
igrejas e pastores que aplicam sem vergonha e na cara de pau a "teologia
da prosperidade", ou seja, fazem de Jesus um curandeiro a serviço do homem
para dar a este um paraíso na terra. Pior mentira impossível.
Além disso, os
cultos e programas que vemos nas TVs e rádios das atuais igrejas pentecostais
mais badaladas são mais parecidos com um despacho de macumba do que um culto
cristão.
ORAÇÃO
"Os católicos insistem em pronunciar
rezas decoradas repetidamente! A oração espontânea é deixada em segundo
plano."
???
De que oração o
irmão estará falando?
Quantas formas e
expressões de oração há entre os cristãos que o fazem há 2000 anos? O Sr. tem ideia?
É certo que o irmão
não sabe. Por isso repito: antes de refutar algo, deve-se conhecer bem o que se
pretende refutar.
Do catecismo:
(2720) A Igreja convida
os fiéis para uma oração regular: orações quotidianas, Liturgia das Horas,
Eucaristia dominical, festas do ano litúrgico.
(2721) A tradição
cristã compreende três expressões principais da vida de oração: a oração vocal,
a meditação e a contemplação. Têm em comum o recolhimento do coração.
(2722) A oração
vocal, fundada na união do corpo e do espírito na natureza humana, associa o
corpo à oração interior do coração, a exemplo de Cristo que orava ao Pai e
ensinava o « Pai-nosso » aos seus discípulos.
(2723) A meditação
é uma busca orante que põe em ação o pensamento, a imaginação, a emoção, o
desejo. Tem por finalidade a apropriação crente do tema considerado,
confrontado com a realidade da nossa vida.
(2724) A
contemplação é a expressão simples do mistério da oração. É um olhar de fé fixo
em Jesus, uma escuta da Palavra de Deus, um amor silencioso. Realiza a união
com a oração de Cristo, na medida em que nos faz participar no seu mistério.
Ah... na visão
caricata que o Sr. faz da Igreja de Cristo, deve estar se referindo ao terço
(ou rosário).
Realmente, o
"rosário" não está na Bíblia (sic), como se tudo o que não está na
Bíblia devêssemos jogar fora, menos as idéias de Lutero, é claro, que NÃO estão
nas escrituras (!) ... mas lembremos que nem toda a revelação está na Bíblia! A
Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe.
Ou Deus estaria
LIMITADO pela Bíblia? Talvez o 'deus' que o Sr. criou esteja...
O Sr. diz que
acredita na Bíblia, mas não crê na Igreja mãe da Bíblia. Diz que crê em Cristo,
mas o faz de mentiroso, pois Ele prometeu que as portas do inferno não
prevaleceriam contra a Igreja.
E agora? Como
explicar tamanha incoerência?
Por isso que muitos
que já tentaram dialogar com protestantes dizem ser isso humanamente
impossível, dado o grau de incoerência e irracionalidade envolvido. Há
protestantes que mais parecem zumbis. Tiros ou argumentos não adiantam, pois
continuam só tentando morder e acusar.
Sugiro o artigo
"A
Cegueira Protestante", de
Alessandro Lima.
É preciso descer do
pedestal da soberba e ser humilde de coração para entender o rosário.
O rosário não é
mera repetição mecânica de palavras. Cada parte do rosário é feita para se
meditar em um mistério da vida de CRISTO em que a oração vocal serve como
música de fundo. São 4 mistérios cada um com 5 episódios da vida de Cristo
segundo os evangelhos.
Conheça melhor o
que é o rosário antes de refutá-lo.
Sugiro ler os
artigos:
"O Rosário, o que é?
Como teve origem?"
"Por
que Satanás odeia Maria e o Rosário?"
"O
Rosário"
Eis trecho do
mesmo, de autoria de dom Estêvão Bettencourt:
"O
racionalista sorri, vendo desfilarem multidões a repetir sempre a mesma
palavra. Aquele, porém, que é iluminado por melhor luz, compreende que o amor
só tem uma palavra e que, ao proferi-la continuamente, o amor jamais a
repete".
Note que também
terá que refutar todas as aparições de Maria Santíssima em que ela sempre pede
para fazer essa oração, aparições que não foram poucas, bem como negar a
santidade de vida exemplar CRISTÃ de praticamente todos os santos dos últimos 6
a 7 séculos que eram devotos de Maria Santíssima e praticantes dessa forma
simples e humilde, mas poderosa, de oração.
Vai se atrever a
tanto? Cuidado para não pecar contra o Espírito Santo... pois esse pecado não
tem perdão.
FÉ
e OBRAS
"Podemos então concluir: a salvação vem
por meio da fé!"
Isso é repetir como
papagaio o que Lutero e os reformadores disseram, mas não é o que está nas
escrituras. Ou talvez seja oriundo da bíblia que Lutero traduziu para o alemão,
em que ele incluiu a palavra "pela fé SOMENTE". Acho que os próprios
Luteranos tiraram isso depois... com vergonha da mentira do pai do
protestantismo.
Aqui todos os
protestantes pisam na bola feio, ao defender as idéias de Lutero em vez de
ficar com a fé dos apóstolos instruídos diretamente por Cristo como faz a
Igreja APOSTÓLICA.
Costumam citar um
trechinho de S. Paulo e acham que entenderam tudo. Errado, pois esquecem os
outros duzentos trechos que falam que seremos julgados pelas obras motivadas
pela fé em Jesus Cristo e espalhados pela bíblia inteira, até o Apocalipse!
Eis o trechinho:
"(8) Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não
provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. (9) Não provém das obras,
para que ninguém se glorie."
No trecho citado de
Efésios, S. Paulo está a dizer que a fé em Jesus Cristo não é fruto de obra
humana, mas é graça de Deus. E diz que a fé vem primeiro, as obras depois e
motivadas pela fé em Cristo. Ele falava a um povo que precisava dar o primeiro
passo: a fé.
Se S. Paulo tivesse
dito só isso, talvez até fosse compreensível ter dúvidas. Mas ele mesmo disse
muitas outras coisas sobre as obras também, bem como outros livros nas
escrituras. Não podemos, portanto, fazer vista grossa para o todo e olhar só um
trechinho. Lutero fez isso. E deu no que deu: um câncer no Corpo de Cristo.
"Somos obras
de Deus criados para a prática das boas obras" (Ef 2,10) e "só é
justo quem for cumpridor da Lei (cf. Rm 2,13.25-29),consequentemente Deus nos
julgará por nossas obras na fé, pois são elas que dão testemunho de nossa fé em
Jesus Cristo" (cf. Tg 2,19-22).
O Apóstolo Paulo
também sabia que o juízo de Deus se daria conforme as obras na fé em Cristo:
"Mas, pela tua
obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da
cólera e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo
as suas obras: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a
glória, a honra e a imortalidade; mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes
à verdade e seguidores do mal" (Rm 2,5-8)
Pedro também
confirma este ensinamento:
"Se invocais
como Pai aquele que, sem distinção de pessoas, julga cada um segundo as suas
obras, vivei com temor durante o tempo da vossa peregrinação" (1Pd 1,17)
O próprio Senhor
confirma isso no Apocalipse de S. João:
"Vi os mortos,
grandes e pequenos, de pé, diante do trono. Abriram-se livros, e ainda outro
livro, que é o livro da vida. E os mortos foram julgados conforme o que estava
escrito nesse livro, segundo as suas obras. O mar restituiu os mortos que nele
estavam. Do mesmo modo, a morte e a morada subterrânea. Cada um foi julgado
segundo as suas obras." (Ap 20,12-13).
"Farei perecer
pela peste os seus filhos, e todas as igrejas hão de saber que eu sou aquele
que sonda os rins e os corações, porque darei a cada um de vós segundo as suas
obras" (Ap 2,23).
Precisa mais? Como
se vê, é claríssimo na Escritura a catequese sobre o juízo de Deus, que avalia
as obras de cada um.
A única garantia
que podemos ter de nossa salvação é a perseverança na Graça de Deus. Com
efeito, também disse o Senhor: "Então ao vencedor, ao que praticar minhas
obras até o fim, dar-lhe-ei poder sobre as nações pagãs" (Ap 2,26).
Desta forma, “Vedes
como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? Do mesmo modo
Raab, a meretriz, não foi ela justificada pelas obras, por ter recebido os
mensageiros e os ter feito sair por outro caminho? Assim como o corpo sem a
alma é morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2,19-26).
Não adianta querer
defender Lutero e suas idéias antibíblicas, contrárias à história do cristianismo,
anti-católicas e anticristãs.
As obras da Fé
fortalecem a Fé, colaborando para a salvação. Não que tenhamos que completar
alguma coisa ao Sacrifício de Cristo, mas a porta do céu aberta pela morte e
ressurreição do Senhor espera que o homem por sua livre-vontade e colaboração
(auxiliadas pela Graça) queira nela adentrar. É desta forma que a nossa
salvação também depende de nós.
Por isso meu caro,
quando o sujeito "conhece" Cristo e passa a ter fé, é ainda uma fé em
minúsculas, como dito no artigo "fé
e FÉ". Ainda falta muito para que a
salvação esteja garantida. Só as obras poderão comprovar a fé e torná-la FÉ de
verdade, esta sim podemos então dizer que salva e só depois de carregar muitas
cruzes! É o que S. Paulo (e toda a escritura) ensina. É uma mentira grosseira
desmentida pela própria escritura, pela patrística, pela história do
cristianismo, pela tradição, por todos os santos e pela Igreja APOSTÓLICA,
pensar que já se está salvo e só a fé basta.
Detalhe: para
chegar na ressurreição, é preciso passar pela cruz.
Nunca e em nenhum
momento Jesus disse que "é só crer em mim e a sua vida vai ser uma bênção,
próspera, rica e um paraíso". Ao contrário! Serão perseguidos em meu nome
(exatamente como muitos irmãos protestantes fazem ao acusar a Igreja de
Cristo)! Quem promete felicidade neste mundo, meu caro, é o diabo.
Sugiro o artigo:
"Colaboramos
ou não para nossa salvação?" de
Alessandro Lima.
SALVAÇÃO
"A salvação vem pela graça de Deus para
quem se entrega a seu Filho amado, por meio da Fé! E, isto não tem nada a ver com
rituais e nem com a intervenção ou intercessão de outra pessoa! A intercessão
pode ser útil para alterar as circunstâncias ou a pré-disposição, mas não a
salvação."
Mais uma suposição
errada sobre o que ensina a Igreja.
A Igreja NUNCA
ensinou que rituais ou santos ou intercessão salvam. NUNCA. Chega a ser meio
bobo dizer isso.
Não existe igreja
mais cristocêntrica, em que Cristo é o único salvador, do que a católica e
apostólica.
E seus rituais
centrados na Sua presença na Eucaristia, tão desprezada pelos anticatólicos,
provam isso.
Rituais e liturgia
necessários sim para que CRISTO seja adorado no culto de adoração perfeito que
é a Missa e não na bagunça babilônica dos cultos protestantes em que coloca-se
o HOMEM no centro e um 'jesus' inventado ao seu serviço.
Rituais são
"engessados"? O que para o protestante é engessamento, para um
católico que compreende o mistério da Eucaristia é disciplina que atira na
mosca, bem no alvo!
E não preciso dizer
como a disciplina, para homens pecadores, é importante para manter a fidelidade
e a unidade. Tudo o que Cristo MANDOU os apóstolos ensinarem. O que o Sr.
precisa é crer mais em Cristo e menos em Lutero ou seu pastor da esquina que,
SEM IGREJA, 'deturpam as escrituras para sua própria condenação' (S. Pedro).
O que é importante
é não confundir a intercessão dos santos, mero pedido, com "Cristo
mediador", em que Cristo (e só Ele poderia fazer isto) abre as portas do
céu para a humanidade por meio de sua morte e ressurreição.
Note-se que santos
não fazem milagres nem salvam. Sempre é Cristo, Deus encarnado, que faz e
desfaz. Favor não confundir tudo e acusar a Igreja de ensinar coisas que ela
NÃO ensina!
Sugiro ler o catecismo
da Igreja.
Todos deviam ler.
Evitar-se-iam inúmeras confusões.
MAIS
OBRAS!
"E as obras? São importantíssimas, mas
não trazem a salvação.
As obras são consequências de quem é salvo e
não o contrário!
O Apóstolo Tiago disse: a fé sem obras é
morta!
A santificação é obrigatória!"
Meu caro,
santificação OBRIGATÓRIA?? O que você está dizendo é o seguinte:
Fé -> tá salvo
-> boas obras mera consequência obrigatória de já estar salvo (sic)
É só dizer
"creio em Jesus" e pronto. Tá salvo e todas as obras serão boas obrigatoriamente.
Puxa, essa é
braba...
É evidente que isso
não ocorre.
Ah.. por isso que
nos cultos protestantes nunca se fala de pecado... ou ora-se pelo perdão dos
pecados. São todos santos e não pecam mais!
Ou pode pecar a
vontade que "Cristo garante"? Puxa, mas isto seria usar Cristo como
se fosse um boboca, Deus a serviço do homem!, explorar a misericórdia de Deus
ao extremo, uma versão satânica da salvação.
O que a Igreja
sempre ensinou é: fé -> obras motivadas pela fé em NSJC + graças de Deus
-> salvação.
A obra PROVA a fé.
Sem isso, o que é a fé? Palavras. É o ato, difícil, de carregar a cruz, de
renunciar a si mesmo, que prova o amor a Deus geralmente através do próximo,
não as palavras.
O resto é confusão
consequência da babel protestante.
Salientemos bem o
Apocalipse: "Cada um foi julgado segundo as suas obras.". Obras estas
que PROVAM a fé em NSJC.
Aos que ouvem a
lei, mas não a praticam ("Porque diante de Deus não são justos os que
ouvem a lei, mas serão tidos por justos os que praticam a lei" (Rm 2,13 -
S. Paulo), repito o julgamento de Jesus (não o meu!): "Nem todo o que me
diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que fizer a
vontade de meu Pai".
ASSISTÊNCIA
DO ESPÍRITO SANTO
Embora seja mais
uma ilusão, se como muitos protestantes dizem que gostam de estudar a
diversidade para aprender o que o Espírito Santo lhes inspira, pergunto:
Por que só a Igreja
Católica não tem essa assistência?
Sugiro um livro
imperdível: "Objeções
e Erros Protestantes" do Pe. Júlio
Maria.
Bem disse NSJC:
'pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem'. A grande maioria das pessoas
não sabe o que faz. E isto vale para mim e para todos. Podemos perceber então a
importância da misericórdia, pois com a medida que medirmos, seremos também
medidos.
O irmão separado
diz que a fé salva por si, mas o que se vê na prática é uma grande confusão
criada pelo protestantismo. E a finalidade da confusão é destruir a fé. Mas, fé
em quê? Só a boa obra motivada por amor a Jesus prova a fé que salva. Acusar
com mentiras a Igreja que é o corpo de Cristo, como tantos irmãos protestantes
fazem, mostra uma obra má motivada por uma fé em mentiras. Uma obra má prova
que a fé que a motiva é falsa.
O
novo mandamento é este: que nos amemos uns aos outros. Ora, na sua raiz, o que
é o protestantismo senão uma falta de amor à Igreja?
E como combater a
mentira?
Expondo-a, pois as
trevas não gostam de luz.
Então façamo-lo.
Minhas barbaridades preferidas são:
"Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a
mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: 'Que
fez, então, com ela?', depois com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele
absolveu tão levianamente. Assim Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar
antes de morrer".
"Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se
alegre em Cristo mais fortemente ainda... Se estamos aqui (neste mundo) devemos
pecar... Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e
assassinatos milhares de vezes ao dia".
"Eu estou, da manhã à noite, desocupado e bêbado. Você
me pergunta por que eu bebo tanto, por que eu falo tão galhardamente e por que
eu como tão frequentemente? É para pregar uma peça ao diabo que se pôs a me
atormentar. É bebendo, comendo, rindo, nessa situação, e cada vez mais, e até
mesmo cometendo algum pecado, à guisa de desafio e desprezo por Satanás,
procurando tirar os pensamentos sugeridos pelo diabo com o auxílio de outros
pensamentos, como, por exemplo, pensando numa linda moça, na avareza ou na
embriaguês, caso contrário ficarei muito raivoso".
"Quem não crê como eu é destinado ao inferno. Minha
doutrina e a doutrina de Deus são a mesma. Meu juízo é o juízo de Deus".
Quem terá dito
essas pérolas reveladoras?
Martinho Lutero,
pai dos três princípios do protestantismo: só a fé, só Cristo, só a bíblia (que
tinham a intenção de excluir a Igreja, óbvio).
Elas mostram
claramente porque o protestantismo na sua raiz é anticristão, tornou-se anticatólico
por conveniência de muitos poderosos que se aproveitaram das situações
conflitantes e quem hoje segue suas idéias definitivamente não sabe o está
fazendo. Acha-se “crente”, mas não se pergunta: crente de quê realmente?
Da Bíblia!
Responderão como papagaios.
E por que não da
Igreja, mãe da Bíblia e que lhe conferiu a autoridade de ser livro sagrado
então?
Não há resposta que
solucione esta incoerência.
Acorda irmão! E que
Deus tenha misericórdia de nós.
Claudio Maria