PERGUNTE E RESPONDEREMOS 501 – março 2004
Depoimentos
e pesquisas sobre a eficácia do preservativo no combate e na prevenção da AIDS
O
presidente da Cruz Vermelha Mexicana, José Barroso Chávez, reabriu o debate no
país sobre a eficácia dos preservativos na luta contra a AIDS, reconhecendo que
não são 100% seguros contra o vírus. Barroso criticou a campanha do governo lançada
para combater a doença a partir da distribuição de preservativos. Barroso Chávez
explicou que vários estudos científicos em nível internacional provam que, em
40% dos casos, os preservativos falham, tornando-se, assim, um método
ineficiente para evitar o contágio do vírus HIV,
e argumentou que todas as campanhas de prevenção da
doença deveriam proclamar "a verdade completa e não a mentira"
(Cidade do México, 11 fev 1998 - SN)
“A
abstinência é a única maneira eficaz e infalível de eliminar o risco de infecção
por HIV, doenças
de transmissão sexual e gravidez indesejada.”
“A
abstinência não somente quer dizer não; implica em dizer sim a um futuro mais
saudável e feliz. A abstinência é 100% segura, 100% eficaz e em 100% do tempo”.
(Presidente Bush aos participantes do Encontro Internacional sobre Abstinência
em Miami, 26-28
de julho de 2001).
Segundo
informe da ONU, os preservativos não são a resposta para a AIDS. As mudanças de
conduta tendem à monogamia.
Nova
York, 28 de junho de 2002 (ZENIT.org).
- Segundo informe das Nações Unidas, publicado no ultimo 23 de junho, o esforço
maciço da ONU para prover o mundo de preservativos, com o intento de frear a
expansão do HIV/SIDA, fracassou.
Depois de exaustiva análise dos dados dos países em desenvolvimento em todo o
mundo, a Divisão de População do Departamento da ONU para Assuntos Econômicos e
Sociais chegou à conclusão de que a disponibilidade atual dos preservativos não
alterou significativamente a conduta sexual.
"Favorecer
o uso de preservativos se revelaria um erro, porque só aumenta os
comportamentos arriscados, exatamente como pôr seringas à disposição dos toxicodependentes".
(William BLATTNER, Diretor do
Departamento de Epidemiologia Virai
de Bethesda, E.E.U.U,;
Reunião Internacional em Roma, 13-15/X/1989):
"Tenho
tratado a muitos pacientes que padecem de AIDS, que haviam utilizado
preservativos. Provavelmente, se não os tivessem usado, não teriam essas relações
sexuais e agora não teriam AIDS". (Dr. Aquilino
Polaino, catedrático
de Psiquiatria, em Ver. Palabra, Madrid,
IV/90, p. 33).
O
Dr. Ronald F.
Carey, investigador
na FDA (Administração de Alimentos e Drogas), pôs a prova 89 preservativos em
uma máquina simuladora da
relação sexual, e encontrou que pelo menos 29 deixaram passar partículas do
tamanho do vírus da AIDS. A falha foi de 33%(Ronald F. Carey, William
A. Herman, Stephen M.
Retta, Jean E.
Rinaldi, Bruce A. Herman e T. Whit Eficácia
dos Preservativos de Látex corno Barreira a Partículas do Tamanho de Athey -A
um Vírus da Imunodeficiência Humana sob condições de Uso Simulado -
Doenças Sexualmente transmissíveis,
julho-agosto, 1992, pp.
230-234).
Vale
lembrar que os poros da camisinha são de 50 a
500 vezes
maiores que o vírus da AIDS. (Rubber Chenústry &
Technology, Washington, D.C., junho de 1992):
o vírus passa por esses poros com tanta
facilidade como passaria um gato pela porta de uma garagem. Quando enchemos um
balão e depois de poucos dias ele já está bem vazio, não é porque foi mal
amarrado e sim porque o látex tem poros por onde passa o ar.
A
Dra. Susan C. Weller, da Escola Médica de Galveston, Universidade do Texas,
depois de 11 estudos
sobre a efetividade do
preservativo, encontrou uma falha de 31 % na
proteção contra a transmissão da AIDS. Diz ela: "Estes resultados indicam
que os usuários do preservativo terão cerca de um terço de chance de se
infectar em relação aos indivíduos praticando sexo 'desprotegido'... O público
em geral não pode entender a diferença entre 'os preservativos podem reduzir o
risco de' e "os preservativos impedirão' a transmissão do HIV. Presta
desserviço à população quem estimula a crença de que a camisinha evitará a
transmissão sexual do HIV. A camisinha não elimina o risco da transmissão
sexual; na verdade só pode diminuir um tanto o risco." (Susan
C. Weller, "A
Meta-analysis of Condom Effectiveness in Reducing Sexually Transmitted HIV Soe
Sei Med 36:12 - 1993, pp. 1635-1644.
Percentagem
de Falha da "Camisinha" para evitar a gravidez
a) 9.8-18.5%:
Harlap etal. "Preventig Pregnancy, Protecting Health" Alan Guttmacher
Institute, 1991, p.35.
b) 14-16%:
Jones & Forrest. "Contraceptive Failure in the United States"
Family Planning Perspectives 21(3): 103-109. 1989.
c) 12%:
U.S. Dept. HHS. "Your Contraceptive Choices For Now, For later",
Family Life Information Exchange, Bethesda, MD.
d) 18.4%:
Mulher menor de
18 no primeiro ano de
uso do preservativo. Grady et ai.
"Contraceptive Failure in the
U.S." Family Plannig Perspectives
18(5): 204-207. 1986.
e) IQ-20%:
McCoy & Wibblesman. The New Teenage Body Book. The Body Press, Los Angeles,
1987, p.210.
f) 10%:
Seligman & Gesnell. "A Warning to Women on AIDS" Newsweek, 31 de
agosto, 1987, p. 12.
g) 3-15%:
Kolata. "Birth Control" New York Times Health, 12 de
Janeiro, 1989.
Índice
de
falha do preservativo em homossexuais
a) de
26%: 11% se
rompe, 15% se solta.
Wegersna &
Oud. "Safety
and Acceptability of Condoms for Use by Homosexual Man as a Prophylactic
Against Transmission of HIV During Anogenital Sexual Intercourse". British
Medical Journal. 1 1 de
julio, 1987, p.94.
b) 30%:
Pollner. "Experts
Hedge on Condom Value" Medical World News, 28 de
agosto, 1988, p.60.
Percentagem
de falha do preservativo em usuários habituais:
10%:
1/10 esposas de portadores de HIV que reportam o
uso habitual do preservativo ficaram infectadas. Fischl.
"Evaluation of Heterosexual Partners, Children and Household Contacts of
Adults with AIDS" Journal of the American Medical Association 257:
640-644, 1987, h) 17%: Goerdent. "What Is Safe
Sex?" New England Journal of Medicine.316 (21): 1339-1342, 1987.
Impacto
da
estratégia
nos adolescentes, segundo Olsen
&
weed, Instituto de Pesquisa e Avaliação,
Salt
Lake
City.
a) Aumento
de 50-120 gravidezes/1000
atendidas em programas de
"Educación anticonceptiva" aumenta a frequência
de sexo em adolescentes.
b) Em
14 anos: aumento de 1.5%.
Em nenhuma clínica se obtiveram menores índices
de gravidez.
Se
a "camisinha" falha para prevenir a AIDS em 10%
e se expõem ao perigo 100.000
adolescentes, temos 10.000
infectados. Se a propaganda para o uso do
preservativo aumenta o índice de atividade sexual
em 15%, se exporão
ao perigo 115.000 adolescentes:
11.500 infectados
A distribuição
de preservativos gera um falso sentido de segurança:
a)
Jovens que creem que são eficazes: 43%
tiveram atividade genital.
b)
Os que não creem que sejam muito eficazes:
30% a tiveram. (American Teens
Speak. 1986).
A campanha
pró-camisinha aumenta a pressão social sobre os jovens para ter sexo e as
possibilidades de contágio. Assim afirma uma pesquisa feita entre jovens:
a)
61% dizem que a pressão social é a razão
pela qual os meninos não esperam para ter relações sexuais.
b)
80% dos adolescentes sexualmente ativos
afirmam que foram "iniciados" muito cedo.
c)
84% das meninas de 16 anos para baixo
querem que em suas escolas lhes ensinem a dizer "não" à relação
sexual sem ferir os sentimentos da outra pessoa. (The Parents' Coalition for
Responsible Sex Education, Março de 1991).
K.
Abril e W. Schreiner e colaboradores indicaram uma percentagem
de 8% de falhas
no uso dos preservativos. "Quale
é ¡1 grado
effetivo di protezione dal HIV?'
in Medicina e Morale,
44 (1994) 5, 903-904.
Differences
in HIV Spread in four sub-Saharar African Cities, UNAIDS, Lusaka, 13 setembro 1999.
L.
M. Wen - C. S. Estcourt - 3. M. Simpson - A Mindel, "Risk Factors for the
Acquisition of Genital Warts: Are Condoms Protective?" in Sexually
Transmitted Infections 75(1999)5, 312316.
Scientific
Evidence of Condom Effectiveness for Sexually Transmited Desease (STD)
Prevention, 12-13 de junho 2000, Hyatt Dulles Airport Herndom, Virginia,
Summary Report, National Institute of Alergy and Infections Deseases, National
Institutes of Heaith, 20 de julho, de 2001, http://www.niaid.nih.gov/dmid/stds/
condomreprot.pdf
A.
Mitchei - A. Smidt. "Safe Sex Messages for Adolescents. Do They
Work?" in Australian Family Physician 29(2000)1, 31-34.Evaluating Safe Sex
Efforts', in JAMA 286(2001)2, 159.
R.S. Hannenberg- W
Rojanapithayakorn - P. Kunasol - D.C. Sokal., "Impact of Thailand's HIV Control Programme as
Indicated by the Decline of Sexually Transmitted Diseases", in
Lancet 344 (1994) 8917.
Dom Estêvão
Bettencourt (OSB)